A palavra suástica ou cruz gamada, vem do sânscrito svastika, que significa "condutora do bem-estar". Sua origem remonta de cerca de 3000 anos a.C., com aparição em certas moedas utilizadas na antiga Mesopotâmia. Outras civilizações como, índios navajos, astecas, hindus, celtas, maias, entre outras, em épocas diferentes, também a adotaram como símbolo. Sendo que um fato curioso é que essas culturas não possuíam contato entre si, e isso nos faz pensar “num algo mais”, mas pode ser apenas obra do acaso, pois desenhar duas linhas retas perpendiculares sobrepostas no seu centro, com um braço em cada extremo, é básico como desenhar um triângulo, e desta forma, com grandes possibilidades de se encontrar em diversas culturas distintas, e em eras diferentes.
Sua simbologia pode ter o sentido místico, e seu grafismo, indica manifestamente um movimento de rotação em torno do centro imóvel, que pode ser o ego ou o polo. É, portanto, símbolo de ação, de manifestação, de ciclo e de perpétua regeneração.
Existem dois tipos básicos de suásticas, uma com os braços virados em sentido horário (Suástica Solar), outra voltada para o sentido oposto (Suástica Noturna), essa, reza a lenda, é utilizada em rituais de magia negra, e a primeira poderia atrair boas energias.
Na China, onde a suástica é o sinal do número dez mil, representa a orientação quádrupla que segue os pontos cardeais, o infinito, a saúde, a felicidade e a perfeição cósmica. Na Índia, é um dos símbolos místicos mais sagrados e tem exatamente o mesmo valor que o “sinal da salvação” tem para os cristãos. Para os hindus, é símbolo do poder fertilizante da natureza, da sua regeneração característica, e os seus quatro braços representam os diversos planos de existência (o mundo dos Deuses, o dos Homens, o dos animais e o Mundo Inferior). A maçonaria obedece estritamente o simbolismo cosmográfico, considerando o centro da suástica como a estrela polar e as quatro gamas que a constituem como as quatro posições cardeais da Ursa Maior. Os bascos representam por meio da suástica a imagem de uma dupla espiral. No Budismo, ela é o selo sobre o coração de Buda, e é um símbolo tão importante que ainda hoje é usado com frequência. Para os escandinavos, é chamada de “o martelo de Thor” e era usada como proteção contra as forças maléficas por guerreiros ou heróis que lutavam até à morte por justiça, pelo seu próprio povo.
Hoje em dia, a suástica se tornou famosa por ter sido usada como símbolo pelo partido de Hitler. Foi uma sugestão do poeta Guido List, com a intenção de que ela simbolizaria a síntese do orgulho nacionalista alemão e o repúdio ao povo judeu. Estudos recentes indicam que o encontro entre o nacionalismo alemão e a suástica, foi possível, graças às precipitadas interpretações do arqueólogo alemão Heinrich Schliemann.
Mas, ao contrário do que se imagina, a suástica surgiu no mundo Ocidental antes do movimento nazista ganhar força na Europa. Os membros da Sociedade Teosófica, fundada por Madame Blavatsky, incorporou a suástica entre seus símbolos. No início do século XX, a Coca-cola distribuiu vários pingentes promocionais com a suástica. Ironicamente, os combatentes da 45ª Divisão de Infantaria Americana utilizaram uma suástica laranja durante a Primeira Guerra Mundial.
Nos dias de hoje, grupos religiosos tentam desvincular a imagem da suástica, da associação direta que se faz com o nazismo, apresentando os significados originais do símbolo.
Eduardo Logan
Fontes:
http://pt.shvoong.com/
http://www.brasilescola.com/
http://www.tutomania.com.br/
Gostei do texto sobre a suástica. Muito esclarecedor. Já li em algum lugar que fazê-la girar de forma mental e imaginária na altura da glandula Timo é bastante positivo. O que acham? Isso é verdade?
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