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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Verdadeiro Diamante Negro – Leônidas da Silva

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    Quem inventou a bicicleta era um maluco. A bicicleta é a jogada mais suicida do futebol. O atacante tem que marcar um gol de costas para as traves. A bola vem alta. O maluco salta mais de um metro de altura e sabe que na queda não terá defesa. Vai arriscar a espinha, a nuca, o cóccix, as costelas. Mesmo assim, ele salta.

image      Para todos os efeitos, quem inventou a bicicleta foi um maluco chamado Leônidas da Silva, vulgo “Diamante Negro”, “Homem Borracha”. Leônidas jurava que tinha apenas aperfeiçoada a jogada. Não importa.
     Leônidas da Silva nasceu no dia 6 de setembro de 1913. Aos nove anos, o pai morreu e Leônidas foi adotado pelos patrões de sua mãe. Desde do primário queria ser jogador de futebol, mas começou sua carreira como ajudante de mecânico da Light. A partir de 1928, joga em diversos clubes do subúrbio carioca. Aos 20 anos, vai para o Bonsucesso e pede de “luvas” dois ternos e uma calça de veludo. Depois trocou de clubes rapidamente: Vasco, Botafogo e Flamengo. 
      Na Copa de 1938 virou celebridade. Ganhou o apelido de “Homem de Borracha”. O Brasil ficou em terceiro e ele foi o artilheiro da competição com 8 gols. No Brasil é recebido com desfile de carro aberto. Torna-se o primeiro jogador brasileiro a fazer “merchandising”. Leônidas vira marca de cigarro e relógio. Acima de tudo, “Diamante Negro” vira um chocolate que até hoje continua líder no mercado.
      image Da glória para a cadeia. Em 1941, descobre-se que Leônidas havia falsificado seu certificado militar. Ficou preso 8 meses no quartel do Realengo. E da cadeia para a glória. Aos 29 anos de idade se transfere para o São Paulo. Vinte mil torcedores o receberam na Estação do Brás. Estréia no dia 24 de abril de 1942 contra o Corinthians, fazendo o Pacaembu bater recorde de publico – 74.078 pagantes. Seu último jogo foi em janeiro de 1950. Tentou a carreira como técnico no São Paulo e não deu certo. Saiu-se bem melhor como comentarista de rádio.
      A dura queda de Leônidas da Silva começa a aparecer na Copa do Mundo de 1974. Sua memória falha no ar, ele interrompe seus comentários sem lembrar do que estava falando. Em 1993, os esquecimentos cada vez maiores se revelam o mal de Alzheimer. Sem memória, Leônidas é internado numa clínica paga pelo São Paulo. Às 16 horas do dia 24 de janeiro de 2004, ele deu o último suspiro de sua insuficiência respiratória. Leônidas da Silva foi o maior craque de sua geração e um dos maiores na história do futebol brasileiro.

(Placar de 2005)

 Alguns Dados:

Anos

Times

Campeonatos

Gols

1929

S. Cristóvão

 

31

1929-1930

Sírio Libanês

 

50

1931-1932

Bonsucesso

 

55

1933

Peñarol

 

28

1934

Vasco

Carioca(1934)

27

1935

Botafogo

Carioca(1935)

?

1936-1942

Flamengo

Carioca(1939)

142

1942-1950

São Paulo

Paulista(43,45,46,48,49)

140



1934-1946



Brasil

(1932)Copa Rio Branco
(1945)Copa Rocca
(1938)Artilheiro e Melhor jogador da Copa do Mundo



37

 

  Produzido por: Carlos Madeiro

Fontes:

http://www.museudosesportes.com.br

http://www.flamengo.com.br/

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