Mitologias e Mistérios: Os Movimentos da Terra

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Os Movimentos da Terra

É comum as pessoas só conhecerem dois movimentos da Terra, rotação e translação, mas ela possui outros movimentos, além desses dois já citados , os de precessão, de nutação e revolução, formando os 5 principais movimentos. Ela ainda possui outros menores que são derivados destes principais, e que não são considerados oficiais.

Os Principais:

Rotação: A Terra gira em torno de si mesma, num tempo de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, com uma velocidade de rotação que atinge um valor máximo no equador (460 m/s) e é nula nos polos.
Translação: É o movimento ao redor do sol, gasta 365 dias, 6 horas e 48 minutos, Como o seu movimento não é rigorosamente circular, a velocidade de translação também não é constante, mas o seu valor médio é de 30 km/s.
Precessão ou recessão: É o deslocamento do eixo da Terra, executando uma trajetória semelhante à de um pião. De modo análogo a um pião, o eixo da terra descreve uma superfície cônica em torno da reta normal ao plano da órbita da terra em torno do Sol, dura aproximadamente 26 mil anos, e é responsável pela mudança na posição dos polos celestes. Há 4 mil anos, o polo norte estava próximo da estrela alfa Draconis. Hoje está a 1 grau da Estrela Polar ou alfa da Ursa Maior. Dentro de 12 mil anos, estará próximo à estrela Vega ou alfa de Lira. Este movimento faz mudar também a posição do Ponto Gama por entre as constelações zodiacais. Hoje, o Ponto Gama está na constelação de Peixes (Era de Peixes), e entrará em Aquário mais ou menos no ano 2.600.
Nutação: É uma pequena oscilação periódica do eixo de rotação da Terra com um ciclo de 18,6 anos. Ela é causada por alterações gravitacionais da lua e do sol.
Revolução: é o movimento executado pela Terra ao redor do centro da Via Láctea junto com o Sol, descrevendo uma trajetória helicoidal. Não se trata de um movimento próprio da Terra, uma vez que a Terra está sendo arrastada pelo Sol.

Alguns dos outros movimentos menores são:

A variação da obliquidade da eclíptica em cerca de 0,48" por ano.
Perturbações que afastam a Terra de sua órbita elíptica, devida às variações das distâncias que a separam dos outros planetas, originando assim variações nas ações atrativas dos mesmos.
A variação da excentricidade da órbita terrestre, num período de 80 mil anos, por causa, também, da ação planetária sobre a massa da Terra.
Movimento mensal em torno do sistema Terra–Lua. Devido à maior massa da Terra, o centro de massa do sistema está 80 vezes mais próximo da Terra do que da Lua. Esse ponto move-se em círculo.
O movimento dos polos à superfície da Terra é uma variação da latitude dos diferentes lugares da Terra, oscilando os polos em torno de uma posição média, da qual não se afastam mais de 15 metros. Este movimento resulta do fato de o eixo de rotação não coincidir com o eixo de simetria.
O efeito das marés da crosta terrestre corresponde a deformações periódicas na parte sólida do planeta, devidas à influência das forças gravitacionais do Sol e da Lua.
O deslocamento do centro de massa do sistema solar. Como as posições dos planetas variam continuamente, o centro de massa do sistema solar, em torno do qual a Terra gira, varia também.
Movimento de rotação em torno da nossa galáxia, a Via lactea. O Sol, e com ele a Terra e os restantes planetas, gira num período de 200 milhões de anos e com uma velocidade 250 km/s, em torno do centro da galáxia.

Atualização:

Para quem não entendeu o movimento recessão, vou tentar explicar de uma forma mais simples: Quando um pião, (ou piorra, aquele brinquedo antigo de criança), gira, ele não fica parado no mesmo lugar, você pode perceber que a parte de cima do pião se movimenta, na maioria das vezes, ela balança de um lado para o outro, é mais perceptível quando o pião está perdendo velocidade prestes a parar. No caso da Terra, ela gira(rotação), e o seu eixo imaginário central (que define os polos), fica apontado numa direção (estrela polar), então, a cada, aproximadamente 26 mil anos, esse eixo muda a sua posição, apontando, para outra estrela. Sendo assim, é correto dizer que a cada 26 mil anos a Terra tem uma nova estrela polar. É claro, que não muda de uma hora para outra, esse processo vai ocorrendo aos poucos, imperceptível para nós.