Nicolau Maquiavel, em italiano Niccolò Machiavelli, (Florença, 3 de maio de 1469 — Florença, 21 de junho de 1527) foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de haver escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento fosse mal interpretado historicamente. Desde as primeiras críticas, feitas postumamente por um cardeal inglês, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjetivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia e, às vezes, até maldade. Maquiavel recebeu uma educação diplomática em várias cortes da Europa. Durante dez anos de 1502 a 1512, foi o braço direito de Soderini, o presidente perpétuo de Florença, Tinha tido, portanto, oportunidade para observar o que se passava nos bastidores da política europeia. Reorganizou o Exército florentino; escreveu os discursos de Soderini, e foi o maior responsável por muitos dos seus atos. Quando Soderini foi destronado por Lourenço de Médicis, Maquiavel foi submetido à tortura e depois exilado para uma localidade distante cerca de doze milhas de Florença, onde se encontrava bastante próximo para acompanhar a marcha dos negócios de sua cidade natal, mais ainda muito longe para interferir na política dos Médicis. Incapacitado, assim, de tomar parte ativa na política, Maquiavel passava seu tempo a ensinar aos outros como se tornar político de sucesso. Escreveu inúmeros livros sobre a arte de governar, sete sobre a arte da guerra, uma sátira sobre o casamento, uma ou duas peças teatrais e diversas histórias realistas com um acentuado sabor de lascívia. Deixou a moralidade para um lado e, sem rodeios, falou a um mundo de bárbaros cuja a desonestidade era a melhor política. A Cavalaria, que desempenhava na época um importante papel, pareceu-lhe ridícula, e o militarismo sincero uma estúpida farsa. Na guerra, declarou: “nada é honesto e tudo é belo, se precisardes apunhalar o inimigo, sede atencioso para com ele e fazei-o pelas costas”. As ideias de Maquiavel estão claramente expressas na obra “O Príncipe”. Esse livro é o manual da opressão. Maquiavel era um ardente admirador de César Bórgia, e em “o Príncipe” usa esse tirano como modelo de grandeza. Aconselhou o novo príncipe de Florença, Lourenço de Médicis, e todos os outros governantes a empregar os métodos de Bórgia se quisessem apoderar-se do governo de um novo Estado e reter sua soberania sobre ele. Maquiavel não se interessava de nenhum modo pelo bem-estar dos súditos; sua preocupação consistia apenas na grandeza do príncipe. O livro constitui o melhor comentário sobre o estado de moralidade na Europa durante os séculos XV e XVI, embora não tivesse sido escrito com tal intenção. Maquiavel fez o que se pedia. Pintou os homens como eles eram naquela época e não como fingiam ser. Realista como era, demonstrou ser a Europa nada mais do que um formigueiro de selvagens. E então, com uma franqueza brutal, explicou aos interessados, na única linguagem que podiam entender, o que precisavam fazer para prosseguir na sua selvageria. Deu a um mundo que fingia se ofender com isso, mas que na realidade se regozijava, um novo decálogo de brutalidade e, em seu lugar, passou a pregar o Sermão da Espada. Maquiavel, pode ter sido considerado um bárbaro, como o resto dos seus contemporâneos; mas, não foi hipócrita. Fonte: THOMAS, Henry - A história da Raça Humana, Porto Alegre, 3ª edição – Ed. Globo | ||
Menu
- Início
- Assombrações
- Astronomia
- Ciências
- Curiosidades
- Como surgiu o dinheiro
- A verdadeira Silent Hill
- Café feito de Fezes
- 5 Pessoas que sobreviveram a morte
- Fotografias que mudaram a História do Mundo
- Lâmpada Centenária
- Doenças Misteriosas
- 10 Invenções Chinesas
- Doenças que podem ser prevenidas com o chocolate
- Curiosidades sobre a Bíblia
- Outras 10 versões sobre contos de fadas famosos
- A saliva do caracol tão eficaz quanto a morfina
- A Cidade soterrada de Kolmanskop
- Maior Profundidade do Oceano
- 1° de abril - dia da mentira
- Espiritualismo
- Esporte
- Filosofia
- História
- Lendas Urbanas
- Literatura
- Mistérios
- Mitologias
- Mundo Animal
- Música
- Paisagens e Lugares
- Religião
- Saúde
- Séries e Filmes
- Símbolos
- Tecnologia
- Vídeos
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Maquiavel, eis o cara!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Louco pra ler esse livro, parece ótimo.
ResponderExcluirMt obm.