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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

15 Fotografias Que Mudaram a História do Mundo

    Diz o dito popular que uma imagem vale mais que mil palavras; em determinadas ocasiões valem muito mais. Às vezes, uma simples fotografia pode mudar o mundo, fazer tremer a toda uma sociedade.
     Aqui relaciono 15 imagens que mudaram a história da humanidade. E no finalzinho deste post, um bônus. Uma, digamos, interessante menção honrosa...
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   Che
      A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como "Guerrilheiro Heróico", onde aparece seu rosto com a boina negra olhando ao longe, foi tirada por Alberto Korda em 5 de março de 1960 quando Guevara tinha 31 anos num enterro de vítimas de uma explosão. Somente foi publicada sete anos depois. O Instituto de Arte de Maryland - EUA denominou-a "A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX". É, sem sombra de dúvidas, a imagem mais reproduzida de toda a história expressa um símbolo universal de rebeldia, em todas suas interpretações, (segue sendo um ícone para a juventude não filiada às tendências políticas principais
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A agonia de Omayra     Omayra Sanchez foi uma menina vítima do vulcão Nevado do Ruiz durante a erupção que arrasou o povoado de Armero, Colômbia em 1985. Omayra ficou 3 dias jogada sobre o lodo, água e restos de sua própria casa e presa aos corpos dos próprios pais. Quando os paramédicos de parcos recursos tentaram ajudá-la, comprovaram que era impossível, já que para tirá-la precisavam amputar-lhe as pernas, e a falta de um especialista para tal cirurgia resultaria na morte da menina. Omayra mostrou-se forte até o último momento de sua vida, segundo os paramédicos e jornalistas que a rodeavam. Durante os três dias, manteve-se pensando somente em voltar ao colégio e a seus exames e a convivência com seus amigos. O fotógrafo Frank Fournier, fez uma foto de Omayra que deu a volta ao mundo e originou uma controvérsia a respeito da indiferença do Governo Colombiano com respeito às vítimas de catástrofes. A fotografia foi publicada meses após o falecimento da garota. Muitos vêem nesta imagem de 1985 o começo do que hoje chamamos Globalização, pois sua agonia foi vivenciada em tempo real pelas câmaras de televisão de todo o mundo.
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A menina do Vietnã    Em 8 de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali encontrava-se Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças. Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com 2 filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.
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Execução em Saigon     - "O coronel assassinou o preso; mas e eu... assassinei o coronel com minha câmara? - Palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra, autor desta foto que mostra o assassinato, em 1 de fevereiro de 1968, por parte do chefe de polícia de Saigon, a sangue frio, de um guerrilheiro do Vietcong. Adams, correspondente em 13 guerras, obteve por esta fotografia um prêmio Pulitzer; mas ficou tão emocionalmente tocado com ela que converteu-se em fotógrafo paisagístico.
  
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A menina Afegã     Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética. Sua foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de 1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo. No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da garota. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca à jovem que durou exatos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992.
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O beijo do Hotel de Ville     Esta bela foto, que data de 1950, é considerada como a mais vendida da história. Isto devido à intrigante história com a que foi descrita durante muitos anos: segundo contava-se, esta foto foi tirada fortuitamente por Robert Doisneau enquanto encontrava-se sentado tomando um café. O fotógrafo acionava regularmente sua câmara entre as pessoas que passavam e captou esta imagem de amantes beijando-se com paixão enquanto caminhavam no meio da multidão. Esta foi a história que se conheceu durante muitos anos até 1992, quando dois impostores se fizessem passar pelo casal protagonista desta foto. No entanto o Sr. Doisneau indignado pela falsa declaração, revelaria a história original declarando assim aquela lenda: a fotografia não tinha sido tirada a esmo, senão que se tratava de dois transeuntes que pediu que posassem para sua lente, lhes enviando uma cópia da foto como agradecimento. 55 anos depois Françoise Bornet (a mulher do beijo) reclamou os direitos de imagem das cópias desta foto e recebeu 200 mil dólares.
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O beijo da Time Square     O Beijo de despedida a Guerra foi feita por Victor Jorgensen na Times Square em 14 de Agosto de 1945, onde um soldado da marinha norte-americana beija apaixonadamente uma enfermeira. O que é fora do comum para aquela época é que os dois personagens não eram um casal, eram perfeitos estranhos que haviam acabado de encontrar-se. A fotografia, grande ícone, é considerada uma analogia da excitação e paixão que significa regressar a casa depois de passar uma longa temporada fora, como também a alegria experimentada ao término de uma guerra.
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O homem do tanque de Tiananmen     Também conhecido como o "Rebelde Desconhecido", esta foi a alcunha que foi atribuído a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa. A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar. Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadão (hã hã).
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Protesto silencioso   Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita que se sacrificou até a morte numa rua super movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963. Seu ato foi repetido por outros monges. Enquanto seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído. Thich Quang Duc protestava contra a maneira que a sociedade oprimia a religião Budista em seu país. Após sua morte, seu corpo foi cremado conforme a tradição budista. Daí você poderia perguntar: - "Existiria mais alguma coisa para cremar?" Hum hum... Durante a cremação seu coração manteve-se intacto, pelo que foi considerado como quase santo e seu coração foi transladado aos cuidados do Banco de Reserva do Vietnã como relíquia.
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Espreitando a morte     Em 1994, o fotógrafo Sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer de fotojornalismo com uma fotografia tomada na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam), que percorreu o mundo inteiro. A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra expectante de um abutre se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da garota. Quatro meses depois, abrumado pela culpa e conduzido por uma forte dependência às drogas, Kevin Carter suicidou-se.
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The Falling Man     The Falling Man é o título de uma fotografia tirada por Richard Drew durante os atentados do 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do WTC. Na imagem pode-se ver um homem atirando-se de uma das torres. A publicação do documento pouco depois dos atentados irritou a certos setores da opinião pública norte-americana. Ato seguido, a maioria dos meios de comunicação se autocensurou, preferindo mostrar unicamente fotografias de atos de heroísmo e sacrifício. Ah sim... mas eles passaram exaustivamente na TV a morte de Saddam...
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Triunfo dos Aliados     Esta fotografia do triunfo dos aliados na segunda guerra, onde um soldado Russo agita a bandeira soviética no alto de um prédio, demorou a ser publicada, pois as autoridades Russas quiseram modificá-la. A bandeira era na verdade uma toalha de mesa vermelha e o soldado aparecia com dois relógios no pulso, possivelmente produto de saque. Sendo assim foi modificada para que não ficasse feio para os soviéticos.




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Protegendo a cria
     Uma mãe cruza o rio com os filhos durante a guerra do Vietnã em 1965 fugindo da chuva de bombas americanas.









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Necessidade     Soldados e aldeãos cavam sepulturas para as vítimas de um grande terremoto acontecido em 2002 no Irã enquanto um menino segura as calças do pai antes dele ser enterrado.





 

A Misteriosa Ilha de Páscoa

 
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     Localizada nas águas perigosas sulistas do oceano Pacífico, com apenas 18 km² de terras áridas, originárias das erupções de quatro vulcões, hoje inativos, a ilha de Páscoa é considerada a porção de terra habitada mais isolada do restante da humanidade, em todo o Planeta. Qualquer terra mais próxima, está a uma distância de 3000 a 3200km, por isso seus habitantes chamam-na de Te pito o te henúa "umbigo do mundo". Este pequeno pedaço de terra da Oceania (entre o Chile e a Polinésia) foi descoberto por acaso pelo almirante holandês Jacob Roggeven, justamente num domingo de Páscoa de 1772, por isso o nome. Mas atualmente, é designada pelos nativos por Rapa-Nui “ilha grande” ou até por Mata ki te rangi "olhos fixados no céu". Mas qual seria o motivo de chamar uma ilha misteriosa de “olhos fixados no céu”? Talvez será essa a explicação? Bem, você vai entender estes questionamentos assim que souber um pouco sobre os mistérios que circundam a Ilha de Páscoa.
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    O principal símbolo da ilha e provavelmente seu maior mistério, são os Moais, esculturas gigantescas com formas humanas esculpidas em pedras vulcânicas espalhadas por toda a ilha. Centenas de “homens gigantescos” espalhados pela pequena superfície da ilha, sempre no rosto com a mesma expressão e parecem vigiar os horizontes com olhar distante e sereno. Colossais, imponentes, insondáveis e pesando até 400 toneladas. Quase todas estas estátuas foram esculpidas na cratera do vulcão Rano Raraku por volta de 1300 D.C. pelos nativos, e são mais de mil estátuas de várias formas e tamanhos, as mais antigas estima-se que sejam do século 8 e são as menores, cerca de 5 metros; já as mais novas, datam do século 13 e algumas ainda estão presas as grandes pedras onde eram esculpidas, estas chegam a 21 metros e tem suas faces mais definidas. Quase todas essas estátuas estão de costas para o mar, olhando para o interior da ilha, os nativos dizem que é uma forma de proteção para Rapa-Nui. Segundo eles cada tribo possuía seus Moais e acreditavam que de seus olhos eram emanadas “energias” para seu povo. Isso pode explicar o porquê de muitos moais estarem caídos com os rostos para o chão - durante séculos de guerras entre as tribos locais, eram derrubados os Moais para que estes parassem de “emitir força” para seus respectivos povos. Por volta do século 15, não se sabe o porquê, o culto aos Moais foi deixado de lado e a ilha passou a se interessar pelo Tangata Manu, ou Homem Pássaro. De qualquer maneira, as estátuas da Ilha de Páscoa contêm em si uma pergunta imediata: como um lugar tão pequeno e isolado poderia originar uma cultura capaz de obras tão espetaculares? Há inúmeras décadas pesquisadores e arqueólogos têm se dedicado às questões que Páscoa suscita: quem de fato construiu os moais? Como eles eram transportados? O intuito da construção destes Moais era realmente para proteção da ilha? Então porque hoje o culto a eles foi deixado de lado? Mais mistérios creditados na conta da Ilha de Páscoa
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     A adoração ao “Homem Pássaro” rendeu a ilha, diversas outras estátuas também esculpidas em pedra, diferentes dos outros Moais. Estes tinham cabeça de aves e corpo de homem. Alguns até se arriscam a dizer que aquela cabeça talvez seja uma alusão aqueles capacetes respiradouros dos astronautas. Tanto é que a lenda diz que homens vieram do céu e visitaram a ilha. Por isso os nativos os chamavam de “homens pássaros”, talvez seja por esse motivo que a ilha também é conhecida como Mata ki te rangi "olhos fixados no céu". Outro grande mistério é que nunca houve mais que 4000 habitantes na ilha de Páscoa, e se 70% destes eram mulheres, crianças e velhos, e parte da população de homens trabalhavam exclusivamente na agricultura, pouco menos dos 600 homens restantes não poderiam jamais terem sido os responsáveis pela construção de todos os Moais lá existentes. Teriam eles recebido alguma ajudinha de alguém de fora? E qual seria o motivo de existirem tantas estátuas idênticas (longilíneas, em pé, de cabeça quadrada e rosto cerrado) e apenas um Moai encontrado lá foge a regra, estando em posição diferente (abaixado) e de cabeça redonda? Quem consegue explicar? Como entender como aquele povo de pequeno número, sem ajuda de escravos e sem nenhum indício de qualquer tipo de meio de transporte, conseguia mover Moais de até 400 toneladas por até 20 km? Alguns nativos acreditam que as estátuas de pedras andavam sozinhas até os extremos da ilha, fruto da energia que algumas pessoas tinham. Será? Quem sabe eram visitantes que tinham o poder de interferir na gravidade, e quando foram embora, os nativos pararam de construir os Moais – tanto é, que hoje em dia encontrarmos na ilha tantas estátuas inacabadas. É fato que o lado esotérico é bastante forte na Ilha de Páscoa, a começar por seu formato triangular, que é um importante símbolo místico, além de que a ilha tem exatos 22 por 11 quilômetros, o que deixa intrigado os numerólogos. Rapa-Nui tem vários pontos usados para meditação, sobre uma de suas montanhas, por exemplo, pode-se ver o sol se nascendo e a lua se pondo na mesma linha; também possui três grandes crateras vulcânicas, localizadas curiosamente, uma em cada um dos três vértices da ilha. Os antigos polinésios sentiam que a ilha era um dos chacras do planeta, ou seja, um dos sete pontos de grande concentração de energia. Misteriosamente hoje, a Ilha de Páscoa é comprovadamente detentora de um grande campo magnético. Seria coincidência? Alguns chegam a dizer que o campo magnético é apenas um indício da presença extraterrestre neste lugar, e os Moais são a grande prova de que seres de outros planetas ou dimensões visitaram e interferiram na vida desta misteriosa ilha. E você? No que acredita?
 
escrito por :Aldrêycka Albuquerque
FONTES:
 
 

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Não Durma

   
Lendas Urbanas
        Seu nome era Samira. Era uma bela garota nascida em Israel, pele morena, cabelos longos e lisos, olhos negros e profundos.
     Parecia uma garota normal, mas tinha pesadelos. Terríveis pesadelos, cuja culpa colocava nas guerras de seu país. Quando ela completou quatorze anos, seus pais resolveram vender a casa e se mudaram para Londres, na esperança de ajudar a filha. Como estavam enganados. Nas noites que se seguiram, os pesadelos da jovem Samira ficaram ainda piores. Toda noite, ao fechar seus olhos, a escuridão tomava conta dela. Mas não era uma escuridão comum, era pesada e fria, como se não houvesse nada ali. E então aquela criatura aparecia. Era um homem, seus ossos aparecendo sobre a pele puxada, completamente nu e careca. Onde deveriam estar seus olhos havia duas órbitas vazias, como se eles tivessem sido arrancados, e sua boca tinha sido costurada em um insano sorriso eterno. Nos primeiros encontros, sentira pavor daquilo, mas ele nunca lhe tinha feito mal. Era seu guia. Ele a guiava pela escuridão até que ficasse mais clara. Mas o que via não era melhor. Passava por portões negros, para dentro das ruínas carbonizadas de uma cidade, impossível de dizer se era nova ou velha. Ali a escuridão estava viva, em formas indistintas cujos sorrisos eram as únicas coisas que pareciam reais. E havia pessoas. Pessoas que eram rasgadas pelas sombras, gritavam por piedade e tentavam correr, embora soubessem que não havia salvação. O estranho homem passava por elas sem se importar, e a guiava até o centro do lugar, onde estava o Palhaço. Era um homem de sorriso zombeiro e riso demente, com a maquiagem de palhaço borrada e pernas de bode que estalavam nas pedras. – Eles vêm pra cá, por que merecem estar aqui – dizia ele a garota entre risos. – Mas você não merece estar aqui. Não quer vir pra cá, então não durma! Era nessa hora que Samira acordava chorando. Mas não havia nada que pudesse fazer, já havia freqüentado todos os psicólogos, todos os terapeutas, e de nada adiantava. Toda noite, quando dormia, era levada pelo guia cego até o palhaço e ouvia as mesmas palavras que a faziam acordar apavorada. Uma noite, ainda seguindo o fiel guia, resolveu fazer-lhe uma pergunta. – Por que sempre está rindo, se não é feliz? O guia virou-se para ela, os buracos de seus olhos quase voltados na sua direção, mas não respondeu. Não podia falar. Então virou-se para a frente de novo e recomeçou a andar. Samira o seguiu, mas segundos depois, ele desapareceu. A garota entrou em pânico, olhando a volta à procura de seu guia, mas via apenas as sombras e suas vítimas. Parou, chorando de medo, rezando para acordar, mas continuava ali. Então ouviu os passos. Toc-toc-toc, o som de cascos batendo na pedra e chegando mais perto. O palhaço dos cascos de bode apareceu ao seu lado, com um grande sorriso maldoso. – Boa notícia – disse ele – Você merece vir pra cá. Vou te levar pra um passeio comigo pela minha terra. Samira deu um grito de pavor, dando-lhe as costas e desatando a correr. Forçava-se a ir mais rápido, como nunca em sua vida, mas os cascos estavam sempre próximos a ela. Depois de muito tempo correndo, acabou tropeçando e caiu. Quando levantou o rosto, o Palhaço estava a sua frente. – Deixe-me ver esses braços. – pediu, antes de segurar seus braços e com as longas unhas, cortar seus pulsos. – Pra você vir mais rápido, amorzinho. Você tem uma missão, merece vir pra cá. Quando viu o sangue escorrendo, Samira gritou ainda mais assustada, acordando. Por um segundo pensou que estava a salvo, mas então viu seu lençol manchado de sangue e os pulsos abertos. Seus pais entraram logo depois, e a levaram para o hospital. Os médicos cuidaram dos cortes, e a polícia interpretou aquilo como uma tentativa de suicídio, pois não era possível que alguém tivesse entrado na casa. Ou que um palhaço de seus pesadelos a atacasse em sonhos. Samira decidiu que nunca mais dormiria, para nunca voltar para aquele mundo de terror. Começou a tomar remédios para manter-se acordada, e nos anos que se seguiram, acabou se viciando neles. Com dezoito anos, não conseguia sair de casa, tampouco cursar a faculdade, apesar de sempre ter sido uma ótima aluna. Tudo para ficar longe dos demônios e de seus sorrisos diabólicos. Um dia, ficou sozinha em casa, e ao descer para a cozinha, encontrou o palhaço lá. Estava sonhando acordada. – Vou esfaquear seus pais. – ele disse, passeando em volta do fogão. – Você tem problemas, vão colocar a culpa em você. Vai ser divertido, não vai? Ele começou a rir, enquanto Samira chorou. Correu para o banheiro e abriu a caixa de remédios no chão. Todo o seu conteúdo se espalhou pelo chão, enquanto ela pegava desesperada três potes de pílulas. Entrou na banheira e tomou os remédio de uma vez. Fechou os olhos e nunca mais acordou. Quando seus pais voltaram e a encontraram, pensaram que a filha enfim conseguira se matar, e se sentiram culpados. Mas concordaram que ela estava em um lugar melhor agora, longe de tudo o que a apavorava. Como estavam errados. Eu estou com medo. Voltando para o mundo da escuridão, enquanto alguma coisa arranha a porta do meu quarto tentando entrar, me impedindo de fugir. O Palhaço disse que mereço estar aqui, para que descreva o que vejo pela janela. O que eu vejo são monstros de sombra torturando pessoas, com seus sorrisos malignos. E vejo Samira. Ela me contou sua história quando apareci lá pela primeira vez, vagando por aquele mundo. No começo, eu a achava muito bonita, mas logo apareceu careca e nua, implorando por ajuda. Eu tentei lhe explicar que não podia fazer nada, só podia ir para lá quando dormia, e, não sei explicar, achava que isso deixaria o palhaço furioso. Dias depois, seus olhos haviam sido arrancados. – Eu quero ver! – ela gritava para mim, mas sem me ver. – Eu preciso da luz! Da luz… Logo depois, apareceu com sua boca costurada em um sorriso assustador, e nunca mais falou nada. Mas isso já faz muito tempo, agora ela simplesmente vaga, sempre pelo mesmo caminho, mesmo sem ver, levando outras crianças até o palhaço. Elas a seguem, talvez porque sabem que ela um dia já passou por isso. Mas acho que Samira se esqueceu desse tempo. Acho que se acostumou a ser só mais uma criatura amaldiçoada a vagar sem ver, sem pedir ajuda. Condenada a sorrir naquele mundo do mal. O Palhaço diz que vou acabar como ela, se me pegar. Por isso tranco a porta e me escondo na cama. Ouço um rangido de porta sendo aberta. Toc-toc-toc. Viro-me e vejo seu sorriso maligno. Toc-toc-toc Eu não mereço me transformar em algo como Samira. Toc-toc-toc A minha história está acabando, mas ainda posso avisá-lo. Fique longe dos guias. Fique longe da escuridão. Fique longe do Palhaço das Pernas de Bode. Não durma.
 
 

domingo, 15 de agosto de 2010

Top 5 - Mistérios Sem Resposta

  
5 - O Assassino do Zodíaco 
 
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    Há esse é famoso, até teve filme com ele recentemente. O assassino do Zodíaco esteve ativo no norte da Califórnia por dez meses na década de 1960. Ele matou pelo menos cinco pessoas e feriu mais dois. Sua identidade permanece desconhecida. O Zodíaco colocou seu nome em uma série de cartas ameaçadoras que enviou à imprensa até 1974. Em suas cartas incluiu quatro criptogramas, dos quais três ainda não foram decifrados. Com a falta de precisão no número de vítimas, a incapacidade de quebrar suas cartas criptografadas e a falha na busca de suspeitos, o caso pode ser considerado como um crime perfeito. Em Abril de 2004, o Departamento de Polícia de São Francisco marcou o caso como inativo, mas o reabriu após Março de 2007. O caso está aberto até hoje em outras jurisdições.
 
  4 - Triângulo das Bermudas
     O triângulo das Bermudas é uma área de região aquática no Atlântico Norte em que um grande número de aviões e barcos desapareceram em circunstâncias misteriosas. Ao longo dos anos muitas explicações têm sido apresentadas para os desaparecimentos, incluindo tempo ruim, abduções alienígenas, e suspensão das leis da física. Apesar de existir documentação substancial para mostrar que muitos dos relatos foram exagerados, ainda não há explicação para o número invulgarmente elevado de desaparecimentos na área.
 
3 - Jack, o Estripador
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     Na segunda metade de 1888, Londres foi aterrorizada por uma série de assassinatos. O nome de Jack, o Estripador, foi tomado a partir de uma carta enviada a um jornal na época por alguém que dizia ser o assassino. As vítimas eram normalmente prostitutas que tiveram suas gargantas cortadas e corpos mutilados. A polícia da época tinha muitos suspeitos, mas nunca poderia encontrar provas suficientes para condenar ninguém. Nos tempos modernos, houve até alguma especulação de que o príncipe Albert Victor ser o assassino. Até hoje ninguém sabe quem foi o estripador. Na imagem uma suposta carta escrita por Jack.
 
 
  2 - Estátuas da Ilha de Páscoa
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     Até hoje existe mistério sobre a construção dos moais, as estátuas gigantes de pedra espalhadas curiosamente pela Ilha de Páscoa. Ninguém sabe afirmar, ao certo, como essas estátuas que representam figuras humanas foram erguidas e transportadas. A profusão das estátuas supera toda a lógica estatística: eram quase 900 para uma população estimada em 4.000 pessoas. Na ilha não há rios e na época não havia cavalos nem abundância de alimentos. Como os rapanuis moldavam a pedra vulcânica, tão dura? Como moviam tanto peso, erguiam as peças e ainda colocavam em cima delas um pesado chapéu - um tipo de tambor de pedra vermelha.
 
  1 - O Santo Sudário
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    O Santo Sudário é um pano de linho com a imagem de um homem que aparentemente morreu de crucifixão. A maioria dos católicos consideram ser a mortalha de Jesus Cristo. Apesar de muitas investigações científicas, ninguém ainda foi capaz de explicar como a imagem foi impressa na mortalha, e apesar de muitas tentativas, ninguém conseguiu reproduzi-la.
 
 
 
 

sábado, 14 de agosto de 2010

Cosmogonia Grega

    A cosmogonia grega, segundo Hesíodo, desenvolve-se, ciclicamente, de baixo para cima, das trevas para a luz.
 
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    Primeiro era o Caos (vazio primordial, vale profundo, espaço incomensurável), matéria eterna, informe, rudimentar, mas dotada de energia prolífica).





      Depois surgiu a Terra (Gaia) – como eterna moradia para os deuses no Olimpo e no Tártaro (habitação profunda) e, simultaneamente, Eros (o Amor – a força do desejo).
 
Nova Imagem (1)Gaia (ou Géia) - a Terra
 
 Do Caos rebentam a Noite (Nyx) e Erebos (escuridão profunda).
 
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Érebos- a escuridão
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Nyx – a noite  

  






 
 


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Hemera
 
     A Noite dá à luz, fecundada por Erebos, ao Dia (Hemera) e o Éter.
 
 
 
 




      


A Terra (Gaia) dá à luz ao Céu (Urano), Montes e Pontos (mares).

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Titã  
 
     Com ele, ela cria os Titãs (Oceano, Ceos, Crio, Hiperión, Jápeto e Cronos) e as Titãnidas (Téia, Réia, Mnemósina, Febe e Tétis); entretanto Urano não lhes permitia sair do seio da Terra.
 
  




 
  Após os Titãs e Titânidas, Urano e Gaia geraram os Ciclopes (que tinham um só olho no meio da testa) e os Hecatônquiros (Monstros de cem braços e de  cinquenta cabeças).
                
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Téia
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   Cíclope 
 
   
 
 
 
 
 
              




 
 
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Hecatônquiros
 
Os deuses criam um após o outro 5 “raças” de Homens.

Em breve postarei sobre essas outras cinco “raças” de homens.

Fonte: http://herculeseseus12trabalhos.wordpress.com/

Escrito por:
     Lilia Cristina de Souza Machado nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de fevereiro de 1957, é aquariana, graduada em Inglês pela Cambridge University, graduada em História pela Universidade Veiga de Almeida, pós-graduada em Arte e Cultura, na Universidade Cândido Mendes, e estudante do conhecimento humano, especialmente dos ramos do imaginário.
 
 
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