A escola estóica recebe esse nome do local onde foi fundada, a porta pintada ("Stoa Poikile"), em Atenas, por Zenão de Cício, por volta de 300 a.C.. Zenão era fenício, como grande parte de seus colegas e discípulos. Se estes constituíram os primeiros estóicos, os últimos foram os romanos. Entre estes merece destaque especial Sêneca, não pela originalidade de suas idéias, mas pela sua capacidade de expressá-las, que o tornou um dos grandes nomes não só da filosofia, mas também da literatura latina.
A Filosofia estóica propunha que a felicidade seria obtida por meio da reconciliação com a natureza, o que para eles significava obedecer à ordem dos acontecimentos que exprimiam a vontade divina. A natureza, com o verdadeiro e divino ser, assumia as dificuldades e os possíveis paradoxos provenientes da relação entre ela e o homem, sendo o próprio homem também natureza, ao mesmo tempo interpretando-a e modificando-a por meio de seus pensamentos, suas palavras e ações. Essa Filosofia dividia-se em três partes: a lógica, a física e a moral - que os estóicos acreditavam estar em íntima relação, de tal forma que nenhuma poderia ser entendida sem a outra, já que se referiam a uma única coisa, considerada de diferentes pontos de vista.
Para os estóicos, o fim supremo, o único bem do homem, não é o prazer, a felicidade, mas a virtude. Ou seja, o bem absoluto e único é a virtude, e o mal único e absoluto o vício. A paixão, na filosofia estóica, é sempre má; pois é movimento irracional, vício da alma? Quer se trate de ódio, quer se trate de piedade. De tal forma, a única atitude do sábio estóico deve ser o aniquilamento da paixão, até a apatia. O ideal ético estóico não é o domínio racional da paixão, mas a sua destruição total, para dar lugar unicamente à razão: maravilhoso ideal de homem sem paixão, que anda como um Deus entre os homens. Daí a guerra justificada do estoicismo contra o sentimento, a emoção, a paixão, donde deriva o desejo, o vício, a dor, que devem ser aniquilados.
O estoicismo pode-se dividir em três períodos: um período antigo ou ético, um período médio ou eclético, um período recente ou religioso. Os dois últimos, bastante divergentes do estoicismo clássico.
Principais Representantes:
Zenon de Cítion, Cleantes de Asso, Crisipo de Solunte, Panécio de Rodes, Posidônio de Apaméia, Sêneca de Córdoba, o escravo Epicteto, o imperador Marco Aurélio, Sêneca, etc.
Eduardo Logan
Fontes:
http://educacao.uol.com.br/filosofia/estoicismo-indiferenca-renuncia-e-apatia-estoica.jhtm
http://www.arautos.org.br/artigo/5941/Os-componentes-da-Filosofia-estoica.html
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